No hotel de Curitiba, já conhecido de outra vez, muito bom, fomos bem recebidos, acomodamos as bagagens e saimos à pé até o shopping Estação... o shopping estava "bem" movimentado... descobrimos que estava rolando um congresso de fonoaudiologas na cidade... hehehe... mtu bom... melhor ainda qdo descobrimos no café da manhã que muitas das congressistas do Brasil inteiro estavam hospedadas no mesmo hotel que a gente...hehehe.. show! uma pena que tivemos que tomar café e sair... mas vou ter que visitar a cidade de Aracajú... rsrs.
Não deu pra sair a noite por Curitiba, como estavamos querendo, porque começou a chover umas 20:30 e não parou mais... Mas no dia seguinte amanheceu tempo bom, sem sol, mas seco. Demos um rolezão a pé mesmo pelas lojas de acessórios de moto da rua João Negrão... mtu bacana, semelhante a G.O. em SP, porém com menos lojas. Até achamos algumas coisas com preços bons. O Ton se equipou com um acessório indispensável para essa viagem: calça impermeável. Feito isso, desmontamos acampamento no hotel Condor e seguimos para o 2o. P.E., em Mafra, conforme planejado.
Saímos de Curitiba por volta das 13:30h pela Av. João Negrão mesmo, sentido BR-116. No caminho até Mafra fomos surpreendidos por uma Sra. chuva, por sorte, pouco tempo antes dela despencar, qdo ainda estava caindo só uns pingos, paramos num restaurante muito bacana na margem da BR e resolvemos almoçar lá... o Ton quase pediu uma garçonete em casamento... kkkkkk. Aproveitamos a lotérica local pra fazer uma fézinha, mas acho que a chuva q caiu levou a nossa sorte na enchurrada... :(
Qdo chegamos na serrinha Dona Chica já estava noite. A chuva não parou mais e a neblina estava densa... a descida foi uma aventura radical.. D+!!!! Até paramos no mirante e batemos algumas fotos, mas bom mesmo foi sentir o clima e a adrenalina que deu descer por ela, principalmente naquelas condições... ANIMAL!! A estrada é muito bonita. Pretendo voltar, sem sombra de duvidas...
Seguimos então pra Piçarras, na casa do AIR.. Lá chegando, jogamos as coisas e fomos a pé até a esquina onde tem uma pizzaria muito boa... pedimos uma de 16 pedaços.... hehehe todo mundo tava com muuuita foooomeeee! rsrsrs. Mtu boa a pizza, só naum lembro o nome da pizzaria, mas tinha azeite extra virgem na mesa, bom sinal né?! hehehe.. ahh e a Original estava bem gelada tmb.... Não teve fotos.. aliás quase nem teve conversa duante o processo de devoração da pobre pizza. Não sobrou nem caroço de azeitona! Depois de encher a pança demos um rolê de moto pela city... só casinha de pobre viu.. ta loko.
Na manhã seguinte, levantamos cedo arrumamos as bagagens de novo nas motos e caimos na estarada. Passamos por Bal. de Penha onde vimos o parque do Beto Carreiro. Depois seguimos para Itajai, Navegantes onde fizemos uma pausa pra um lanche num posto e o AIR nos apresentou um refrigerante popular por aquelas bandas: um tal de chá com Guaraná Power! tivemos que beber quase 1 litro e meio desse negocio, quase, porque no final quando ninguem mais guentava sentir o cheiro da tal bebida o AIR resolveu acabar com o que estava sobrando na garrafa lavando a mesa e tudo que estava em volta... kkkk.
Bom, o evento em sí foi meio decepcionante, pra naum dizer totalmente um fiasco. O que salvou foi que entramos bem na hora que estavam elegendo a rainha do evento... rsrsrs essa parte foi SHOW! De resto, pouquíssimas pessoas, algumas motos legais, alguns expositores com artigos interessantes (ficamos um bom tempo no stand da Route66 - conversando com o kra e vendo os produtos da Lookwell, sensacionais, muito bem acabados). Depois da eleição da rainha uma porra de banda começou a se apresentar tocando mau pra kct, então decidimos cair fora. O Ton, que já conhecia um pouco a ilha, foi nosso guia e nos sugeriu ir até a lagoa pra que eu pudesse conhecer, mas no meio do caminho começou aquela chuvinha que só serve pra encher o saco. Nem deu pra parar no mirante. Chegando lá a chuva parou e estava mais agitado do que o MotoRoad, se querem saber. Encostamos a caveira num barzinho pra comer um beliskete e tomar uma gelada. Foi bom D+. Mas Floripa ficou me devendo... não tirei 1 foto sequer.. nem pude ver as praias... Vou ter que voltar com mais tempo!
Durante o almoço o desanimo total se abateu sobre todos. A chuva estava pegando pesado. Discutimos sobre as opções que tinhamos:
- Continuar nessas condições até ser completamente rendido pela chuva e pelo mau tempo em algum ponto do percurso, correndo todos os riscos agregados a isto e ainda desmontando todo planejamento da viagem previsto para os proximos dias, ou
- Retornar à Piçarras - uns 200km +ou- de onde estavamos para dormir de novo na casa do AIR e no outro dia seguir pra Foz por outro caminho, certamente mais longo.
Esta segunda opção significava abortar completamente o Rio do Rastro, por outro lado, as condições em que estavamos e as consequencias que elas trouxeram faziam nosso amigo AIR decidir não prosseguir com a gente, caso decidíssimos seguir adiante.
Foi uma decisão dificil... o rango do almoço não ajudou, nem a sobremesa!! o que salvou foi um pitoresco refrigerente que o nosso amigo AIR mais uma vez nos proporcinou o prazer de provar! kkkk o tal de Laranjinha....não entendi o porquê do nome já que o produto era de um amarelo atômico! hehehe, mas o sabor era melhor que o tal chá de Guaraná Power.
Pra nossa sorte, a chuva nos acompanhou só até Laguna. Daí em diante, apenas o tempo feio, mas com o asfalto seco! Mesmo assim a viagem não rendeu muito em função de vários trechos ruins e em obras na BR e o excesso de transito de ônibus e caminhões. Enfim, chegamos até Tubarão e a estrada vicinal SC-440 que nos levaria a Lauro Muller. Aí sim, um percurso sensacional!!! Área completamente rural, mas com boa estrada, cercada de belas paisagens dos dois lados com trechos de curvas macias e gostosas. Foram cerca de 65km até a entrada da cidade de Lauro Muller. Um lugarzinho de aparencia muito tranquila.
Já era começo de noite quando passamos por um hotel bacana na margem da rodovia, pouco antes da entrada da cidade, mas nosso plano era dormir numa pousada no pé da serra, indicada pelo nosso amigo AIR. Saimos da cidade e a chuva recomeçou... junto com ela veio um friu dukralho (desculpem pelo adjetivo!) Pegamos um trecho de rodovia que por sí só pra mim já era a serra... bastante sinuoso e mal sinalizado... só esse pedacinho (que nem é a serra) já bate de 10 a 0 em muitas serras que eu conheço... hehehe. Percorremos uns 10km curva após curva sem avistar vivalma! com chuva fraca e incessante e muita nevoa, foi então que vimos um bar, desses tipo barracão de madeira às margens da rodovia... coisa de filme de suspense! hehehe.. paramos a moto, eu apeei, tirei o capacete e entrei... assoalho e tudo mais em volta de madeira rústica; ao fundo um balcão com umas garrafas de cachaça e vinho de um lado e queijos e salame do outro... kra, deu muuuuiiiita fome! num outro canto um fogão queimando um tronco de lenha e uns 2 cachorros deitados perto no chão; do outro lado uma mesa de baralho rodeado por uns 5 senhores já com idade avançada... - Cumprimentei a todos com boa noite e qdo me responderam perguntei se estava na serra e se havia uma pousada por perto. O Sr. que estava atrás do balcão disse que faltava ainda uns 10 km pra começar a serra e q antes disso havia um "HOTEL", mas que ele não sabia se estava aberto; nisso um senhor que estava jogando disse que se estivesse fechado mas com luz acesa era pra eu apertar a campainha e esperar... se não atendessem só haveria pousada em Bom Jardim, depois da serra, e que neste caso ele achava melhor que eu voltasse pra cidade... nessa hora até me deu um arrepiu... hehehe. Agradeci e sai.
Saimos desse hotel o mais cedo que conseguimos. Acho que era umas 9h. Mas estava escuro, chovendo e com muita neblina. Não sei o meu amigo Ton, mas o que eu sentia era um misto de decepção, por estar passando naquele local que era um sonho antigo mas naquelas péssimas condições climaticas e também um pouco de medo, pelas mesmas condições e não saber o que iriamos encontrar... Esse foi o primeiro grande momento de coragem desse dia, mas acho que nem foi o pior...
Logo depois da serra tem o mirante. Um local muito bacana, com toda infra-estrutura: lojinha, café, banheiros, monumentos, etc. Nós até paramos, mas quem diz que dava pra ver alguma coisa!? Sem chance dessa vez, seguimos mais uns 10km de estrada ruim, cheia de buracos e a chuva e a neblina foram embora abrindo espaço pra um tempo seco e até trechos de sol, quem diria! Chegamos em Lages com as roupas secas... hehehe. No caminho até Lages passamos por São Joaquim/SC. Esse é outro trecho que não vou esquecer... a rodovia é ladeada o tempo todo por paisagens muito bonitas, velhas araucárias e plantações de maçãs, que nesta epoca estão cobertas de flores, e também de parreirais. De tempo em tempo passamos por vilarejos de casas de madeira suspensas do chão com enormes pilhas de lenha na frente e lojinhas de queijos e salames artesanais que enchiam os olhos e a boca d´água!
Chegamos em Lages por volta de meio dia. e o próximo desafio era cumprir os 700km que faltavam até Foz, previstos para este dia. Estavamos tão obstinados a isso que nem discutimos a dificuldade.... só pensávamos em chegar logo em Foz!
A 1a. parte do trajeto foi "felomenal". Seguimos de Lages até uma cidade chamada Xanxerê pela recém restaurada BR-282. Estrada excelente... pouco transito, muitas curvas gostosas, nada de pedágios.. fizemos o trecho de 280km em 1 hora e meia. Depois, o 2o. trecho foi só merda! Pegamos a tal BR-480 com destino a Pato Branco... estrada regular, várias cidades pequenas pelo caminho, muitas lombadas, vários trechos péssimos... em trabalho de recuperação/recapeamento... meu pneu traseiro não aguentou o sofrimento e acabou furando... Por sorte a ocorrencia foi à 5km de uma cidade chamada Galvão. Consegui arrastar a moto até lá a quarentinha por hora, seguido pelo amigo Ton. Já na entrada da cidade tinha um borracheiro... kra gente finíssima, me atendeu de bate-pronto e resolveu o problema em menos de 10 minutos... seguimos viagem, com mais cautela, e com "macarrão" no pneu... só por Deus! Chegamos na famosa Pato Branco e de lá seguimos para Marmeleiro (nunca imaginei que tivesse uma cidade com esse nome... hehehe).
Fizemos uma parada nessa cidade, em um posto na saida para Cascavel e Foz do Iguaçu. Reabastecemos as motos com plano de seguir direto até Foz sem mais paradas... mas já estavamos PODRES e cansados! Já tinhamos rodado uns 700km, mas não sabiamos que o pior trecho ainda estava por vir.
Saimos do posto por volta de 19:30h. e seguimos as placas. Tinha um certo transito, mas até aí tranquilo. Antes de alcançar os primeiros 50km começou a chover... aí foi o caos! A estrada até que era boa, sem buracos, mas era pista simples sem nenhuma sinalização e debaixo de chuva.. começou um transito de caminhões pesados, indo e vindo... junto com isso: viseira embaçando, cansaço, não enxergava nada... foi muiiiiitoooo fodaaa (desculpem o jargão técnico!). Por sorte achamos um doido num Polo que parecia estar indo na mesma direção que a gente e tmb estava com pressa de chegar... colamos na traseira dele e usamos como guia... mas não durou muito... acho que o coitado pensou que a gente queria assaltar ele ou qq coisa assim... rsrs.. depois de uns 80km ele encostou num posto... nós seguimos, daquele jeito... oitentinha e olhe lá.... tensão total, pouquíssima visibilidade e o cansaço dominando... mãos e pernas começavam a ficar dormentes! O corpo querendo entrar em colapso total e a chuva e os caminhões não davam trégua. Foi assim até pegarmos a BR-277... aí ficou bacana... continuou pista simples por mais uns 60km, depois é duplicada, mas muito bem sinalizada, a chuva diminuiu e quase não tinha transito. Chegamos no hotel umas onze e meia... completamente podres e totalmente zuados!
No outro dia acordamos, tomamos café - cafézão nota 10 do hotel Águas do Iguaçu - e fomos pro Paraguai... muammmmmbaaassss... hehehe... Mas por incrivel que pareça não compramos naaaadaaaa! e até cruzamos a ponte de volta pra Foz a pé... hehehe. O Paraguai é aquilo né... muitas, mas muitas lojas, porém poucas em que se pode ter alguma confiança... hehehe. Produtos com preços realmente bons e paraguaias muito bonitas (isso foi surpreendente! a gente não esperava) pra te atender sempre com muito bom humor!!! hehehe. Nas ruas um caos! carros de todos os tipos, vans, taxis e motos disputando espaço, passam com pressa de qquer lado indo pra qquer direção... não tem regra.. é uma loucura. Nas calçadas camelôs vendem de tudo, de foguete a alfinete.... o que voce quiser eles tem, basta ter coragem de pedir... ou ....... espere que eles oferecem kkkkkkkkkkkkk.
Depois a noite fomos no cassino, no lado argentino... eu nunca tinha ido num grande cassino, igual os de Las Vegas... muito bacana... Mas eu como todo bom pé-frio perdi 10 dolares em menos de 10 minutos hehehe... já o nobre amigo Ton perdeu foi a chance de sair de lá com uma boa bolada.... eta cabra de sorte esse garoto! mas depois de já ter ganho uma pancada, perdeu tudo kkkkk
Na manhã de domingo, depois do cafe do hotel, fomos até um colegio justificar os votos e pegamos a estrada para a ultima etapa da viagem... estava tudo tranquilo quando na 1a. parada nos deparamos com o aço dos pneus traseiros de ambas as motos dando os ares da graça! kkkk ... daí em diante foi só alta tensão.... não fosse isso teriamos chegado bem mais cedo em casa.. mas viemos na maciota... 110~120 parando a cada 100km pra vistoriar os pneus.... ainda assim rodamos uns 400km com o aço polindo no asfalto... kkkkk Mas graças a Deus conseguimos chegar! Eita Metzeler valente!! Agora estamos à caça de novos pneus.
Abraços a todos os amigos e até a próxima, se Deus quiser!
Viagem espetacular manollo, sem duvida e algo para contar aos filhos / netos parabéns a voce e aos demais.
ResponderExcluirabraços
Josilmar(Aerocrazy FOL)
Isso aí Manollo !!!!!!
ResponderExcluirMuito show a viagem e lendo os relatos parecia até que eu estava viajando com vocês. rsrsrs
Dá vontade de fazer tudo de novo né???
Parabéns!
Jucabala.
E ai Companheiro de Viagem. Realmente essa viagem foi fantástica. Já estou com saudades da estrada! Vamos pensar na proxima!
ResponderExcluirAbraços
Everton (o Ton)
Parabéns pelo passeio, show demais!!
ResponderExcluirAbraços
Alexandre/Fol
Manollo: Agradeço a citação por ocasião da sua passagem por Florianópolis, quando conheceu a TOCA. Na verdade, fazemos porque gostamos e esperamos recebê-lo num futuro próximo !
ResponderExcluirObrigado
Grande Manollo, parabéns pelo passeio e obrigado por compartilhar.
ResponderExcluirQue passeio heim... e aquela placa do Graal de Registro! Muito atraente ver Ushuaia na placa!
ResponderExcluirAbraços!!!