quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Novo desafio em vista... Será?

O fim da viagem já está quase completando 1 mes... kraca, como o tempo ta passando rápido!

Parece que foi ontem que acordamos cedo, tomamos aquele café no hotelzinho ao pé da serra do Rio do Rastro e saimos de Lauro Muller debaixo daquela chuvinha e com muita neblina... eee saudade!!!

Viajar de moto é mesmo um delicioso vício!!

Quando cheguei de volta em casa, estava convencido de que talvez esse ano não faria mais nenhuma longa viagem... as condiçõe$ não estão lá muito favoráveis... mas um amigo, conhecido do FOL, veio me reativar um velho sonho, há muito perseguido.... vou fazer um certo mistério, não vou dizer ainda o q é ou pra onde vamos... digo apenas que é uma viagem longa, mas de apenas 1 dia (rsrs), quem me conhece já vai matar só com essa dica!

Pois é, mas apesar de toda minha empolgação sobre essa viagem ter revivido, ainda não tem nada certo, estamos apenas trocando figurinhas..., como eu disse pra esse amigo quando ele veio desenterrar o assunto: "vamos nos divertir com o planejamento, depois vemos se será viável!" hehehe. É bom ter de novo um novo objetivo pra distrair a mente!!!

Obrigado a todos que fizeram comentários sobre a viagem!! e vejam só que legal.. acabei de ver que tenho 2 seguidores!!! hehehe... obrigado a voces, Cezar e Luis Adriano.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Incrivel viagem! Relatos, histórias e saudades.

Na correria da ultima semana antes da viagem acabou não dando tempo de fazer um ultimo post antes de pegar a estrada... Achei que pelo meio do caminho conseguiria um momento pra conectar de algum cyber space e fazer o post, mas tmb naum deu... correria total... tudo muito cronometrado! Mas foi um sucesso total... viagem nota MIL!

Saí de casa no horario previsto, mas peguei um transito imprevisto no rodoanel próximo da saida para a Regis Bittencourt. Atrasei um pouco no horário combinado para chegada no P.E. onde iria encontrar o amigo Everton, mas mesmo com atraso acabei chegando 10 min. antes dele hehehe. Do P.E. seguimos viagem até Curitiba com tranquilidade... com direito a parada para almoço no Graal de Registro e tudo. Apesar das péssimas previsões, não pegamos chuva nesse dia.
No hotel de Curitiba, já conhecido de outra vez, muito bom, fomos bem recebidos, acomodamos as bagagens e saimos à pé até o shopping Estação... o shopping estava "bem" movimentado... descobrimos que estava rolando um congresso de fonoaudiologas na cidade... hehehe... mtu bom... melhor ainda qdo descobrimos no café da manhã que muitas das congressistas do Brasil inteiro estavam hospedadas no mesmo hotel que a gente...hehehe.. show! uma pena que tivemos que tomar café e sair... mas vou ter que visitar a cidade de Aracajú... rsrs.

Não deu pra sair a noite por Curitiba, como estavamos querendo, porque começou a chover umas 20:30 e não parou mais... Mas no dia seguinte amanheceu tempo bom, sem sol, mas seco. Demos um rolezão a pé mesmo pelas lojas de acessórios de moto da rua João Negrão... mtu bacana, semelhante a G.O. em SP, porém com menos lojas. Até achamos algumas coisas com preços bons. O Ton se equipou com um acessório indispensável para essa viagem: calça impermeável. Feito isso, desmontamos acampamento no hotel Condor e seguimos para o 2o. P.E., em Mafra, conforme planejado.

Saímos de Curitiba por volta das 13:30h pela Av. João Negrão mesmo, sentido BR-116. No caminho até Mafra fomos surpreendidos por uma Sra. chuva, por sorte, pouco tempo antes dela despencar, qdo ainda estava caindo só uns pingos, paramos num restaurante muito bacana na margem da BR e resolvemos almoçar lá... o Ton quase pediu uma garçonete em casamento... kkkkkk. Aproveitamos a lotérica local pra fazer uma fézinha, mas acho que a chuva q caiu levou a nossa sorte na enchurrada... :(

Quando passou a chuva seguimos viagem. Encontramos o 3o. integrante da aventura, o nosso nobre amigo AIR, na margem da BR, próximo a entrada da cidade de Mafra, depois de uns desencontros meio doidos - passamos por ele e eu num vi... hehehe - e de um atraso nosso de mais de 1 hora, em função daquela chuva!! Dalí seguimos pra rod. Dona Francisca, com destino a Joinville. Logo começou a chuva outra vez e pegamos um trecho pré-serra completamente fechado de neblina... mtu loko!!! Apesar da pouca visibilidade pude ver que a paisagem pela rodovia era muito bonita.

Qdo chegamos na serrinha Dona Chica já estava noite. A chuva não parou mais e a neblina estava densa... a descida foi uma aventura radical.. D+!!!! Até paramos no mirante e batemos algumas fotos, mas bom mesmo foi sentir o clima e a adrenalina que deu descer por ela, principalmente naquelas condições... ANIMAL!! A estrada é muito bonita. Pretendo voltar, sem sombra de duvidas...

Em Joinville não estava chovendo, mas os planos de esticar até Blumenau foram abortados depois de falar com o nosso amigo Luigi, morador daquela cidade e membro do FOL que tinha ficado de nos receber lá. Segundo ele, estava chovendo forte na cidade desde o dia anterior e as estradas não estavam em condições favoráveis. Blumenau então, mais 1 vez, fica pra uma próxima! Está dificil mas eu sou persistente. Ainda vou pra lá de moto!

Seguimos então pra Piçarras, na casa do AIR.. Lá chegando, jogamos as coisas e fomos a pé até a esquina onde tem uma pizzaria muito boa... pedimos uma de 16 pedaços.... hehehe todo mundo tava com muuuita foooomeeee! rsrsrs. Mtu boa a pizza, só naum lembro o nome da pizzaria, mas tinha azeite extra virgem na mesa, bom sinal né?! hehehe.. ahh e a Original estava bem gelada tmb.... Não teve fotos.. aliás quase nem teve conversa duante o processo de devoração da pobre pizza. Não sobrou nem caroço de azeitona! Depois de encher a pança demos um rolê de moto pela city... só casinha de pobre viu.. ta loko.

Na manhã seguinte, levantamos cedo arrumamos as bagagens de novo nas motos e caimos na estarada. Passamos por Bal. de Penha onde vimos o parque do Beto Carreiro. Depois seguimos para Itajai, Navegantes onde fizemos uma pausa pra um lanche num posto e o AIR nos apresentou um refrigerante popular por aquelas bandas: um tal de chá com Guaraná Power! tivemos que beber quase 1 litro e meio desse negocio, quase, porque no final quando ninguem mais guentava sentir o cheiro da tal bebida o AIR resolveu acabar com o que estava sobrando na garrafa lavando a mesa e tudo que estava em volta... kkkk.

Depois fomos para Bal. Camboriú. Aí fizemos um pit stop mais longo... o dia estava sensacional... calor, céu azul. Fomos até a ponta da praia, no parque Unipraias. Eu e o Ton demos um rolê no teleférico até a praia de Laranjeiras...Fantastico! Recomendo. Tiramos uma pancada de fotos... depois voltamos e seguimos de moto pela rod. Interpraias... show! Paramos em alguns mirantes e praias pra bater fotos... Muito bonito este pedaço do Brasil.

Quase no final da tarde seguimos pra Florianópolis. Mas por ser perto chegamos lá ainda com luz do dia e tempo bom, seco. Só que a pousada onde iriamos ficar fica longe do centro, uns 25km.... Aliás tudo lá é longe... eu imaginava diferente! A cidade é muito bonita, pelo pouco que pude conhecer. Muito bem estrutuada, mas não seria pra menos, afinal é a capital do estado. Chegamos na pousada.. a propósito, muito legal o local, os aps. são bem espaçosos e equipados com cozinha e tudo, o proprietário, um Sr. Argentino (que me perdoe, pois não lembro o nome), é muito gente boa. Despejamos as bagagens, trocamos de roupa e fomos procurar o local do evento Moto Road na maior ansiedade. O inicio de noite estava prometendo!!

Bom, o evento em sí foi meio decepcionante, pra naum dizer totalmente um fiasco. O que salvou foi que entramos bem na hora que estavam elegendo a rainha do evento... rsrsrs essa parte foi SHOW! De resto, pouquíssimas pessoas, algumas motos legais, alguns expositores com artigos interessantes (ficamos um bom tempo no stand da Route66 - conversando com o kra e vendo os produtos da Lookwell, sensacionais, muito bem acabados). Depois da eleição da rainha uma porra de banda começou a se apresentar tocando mau pra kct, então decidimos cair fora. O Ton, que já conhecia um pouco a ilha, foi nosso guia e nos sugeriu ir até a lagoa pra que eu pudesse conhecer, mas no meio do caminho começou aquela chuvinha que só serve pra encher o saco. Nem deu pra parar no mirante. Chegando lá a chuva parou e estava mais agitado do que o MotoRoad, se querem saber. Encostamos a caveira num barzinho pra comer um beliskete e tomar uma gelada. Foi bom D+. Mas Floripa ficou me devendo... não tirei 1 foto sequer.. nem pude ver as praias... Vou ter que voltar com mais tempo!

No domingo cedo levantamos, arrumamos as bagagens e saimos. O 1o. destino era encontrar o lugar conhecido como "A TOCA". Localizado em Florianópolis mesmo, cujo proprietário é o inoxidável Sr. Cícero. Trata-se de uma espécie de alojamento, cuja proposta, nos explicou o caro Cícero, é servir de apoio para viajantes de moto, onde pode-se alojar até 2 pessoas pelo periodo de até 2 dias sem custo! É uma iniciativa muito bacana desse nosso companheiro de estradas... Simplesmente fantástico! Conhecemos pessoalmente o local e também o amigo Cícero. Olha, sem palavras sobre essa figura. Gente finíssima, nos recebeu como irmãos, abrindo as portas dA TOCA e nos contando histórias de sua vida nas estradas pelo mundo. Ele inclusive nos ofereceu pra acompanha-lo no almoço, mas infelizmente não deu pra aceitar, em função do nosso cronograma apertado, por isso acabamos ficando pouco tempo e disfrutando pouco dessa companhia tão agradável, que muitas e boas histórias deve ter pra contar... disso naum tenho dúvida! - Nobre amigo Cícero, voltaremos em breve e nos hospedaremos aí nA TOCA, esteja certo disso!! hehehe. Prazer enorme em conhece-lo! e parabéns por este nobre trabalho que voce realiza. Pra voce, meu caro amigo, muita saúde! Até breve.

Cumpridos os protocolos, nos despedimos do amigo Cícero e, debaixo de chuva leve, seguimos viagem. Pegamos a BR-101 com destino a Laguna/SC, mas já na saída de Florianópolis fomos surpreendidos por um longo trecho de chuva forte acompanhada de pesado transito de caminhões. Foi então que tivemos que fazer uma parada forçada num posto de serviços onde resolvemos almoçar. Já passava das 15h.

Durante o almoço o desanimo total se abateu sobre todos. A chuva estava pegando pesado. Discutimos sobre as opções que tinhamos:
   - Continuar nessas condições até ser completamente rendido pela chuva e pelo mau tempo em algum ponto do percurso, correndo todos os riscos agregados a isto e ainda desmontando todo planejamento da viagem previsto para os proximos dias, ou
   - Retornar à Piçarras - uns 200km +ou- de onde estavamos para dormir de novo na casa do AIR e no outro dia seguir pra Foz por outro caminho, certamente mais longo.
Esta segunda opção significava abortar completamente o Rio do Rastro, por outro lado, as condições em que estavamos e as consequencias que elas trouxeram faziam nosso amigo AIR decidir não prosseguir com a gente, caso decidíssimos seguir adiante.
Foi uma decisão dificil... o rango do almoço não ajudou, nem a sobremesa!! o que salvou foi um pitoresco refrigerente que o nosso amigo AIR mais uma vez nos proporcinou o prazer de provar! kkkk o tal de Laranjinha....não entendi o porquê do nome já que o produto era de um amarelo atômico! hehehe, mas o sabor era melhor que o tal chá de Guaraná Power.

Por fim, decidimos pela separação do grupo. O AIR seguiu sozinho de volta à Piçarras e eu e o Ton seguimos o percurso planejado, já sabendo que não chegariamos a Lages naquele dia, como era o plano inicial. O novo plano passou a ser então conseguir chegar até Lauro Muller, no pé da serra, e dormir lá pra seguir viagem no dia seguinte, subindo pelo Rio do Rastro, na esperança que no dia seguinte o tempo estivesse melhor! Ainda assim sabiamos que o outro dia seria tenso, pois teriamos que rodar 260km (distancia de Lauro Muller a Lages) a mais do que os 700 já previstos, ou seja, quase 1000km num dia com alto risco de tempo ruim e chuva! Isso era muito preocupante.

Pra nossa sorte, a chuva nos acompanhou só até Laguna. Daí em diante, apenas o tempo feio, mas com o asfalto seco! Mesmo assim a viagem não rendeu muito em função de vários trechos ruins e em obras na BR e o excesso de transito de ônibus e caminhões. Enfim, chegamos até Tubarão e a estrada vicinal SC-440 que nos levaria a Lauro Muller. Aí sim, um percurso sensacional!!! Área completamente rural, mas com boa estrada, cercada de belas paisagens dos dois lados com trechos de curvas macias e gostosas. Foram cerca de 65km até a entrada da cidade de Lauro Muller. Um lugarzinho de aparencia muito tranquila.


Já era começo de noite quando passamos por um hotel bacana na margem da rodovia, pouco antes da entrada da cidade, mas nosso plano era dormir numa pousada no pé da serra, indicada pelo nosso amigo AIR. Saimos da cidade e a chuva recomeçou... junto com ela veio um friu dukralho (desculpem pelo adjetivo!) Pegamos um trecho de rodovia que por sí só pra mim já era a serra... bastante sinuoso e mal sinalizado... só esse pedacinho (que nem é a serra) já bate de 10 a 0 em muitas serras que eu conheço... hehehe. Percorremos uns 10km curva após curva sem avistar vivalma! com chuva fraca e incessante e muita nevoa, foi então que vimos um bar, desses tipo barracão de madeira às margens da rodovia... coisa de filme de suspense! hehehe.. paramos a moto, eu apeei, tirei o capacete e entrei... assoalho e tudo mais em volta de madeira rústica; ao fundo um balcão com umas garrafas de cachaça e vinho de um lado e queijos e salame do outro... kra, deu muuuuiiiita fome! num outro canto um fogão queimando um tronco de lenha e uns 2 cachorros deitados perto no chão; do outro lado uma mesa de baralho rodeado por uns 5 senhores já com idade avançada... - Cumprimentei a todos com boa noite e qdo me responderam perguntei se estava na serra e se havia uma pousada por perto. O Sr. que estava atrás do balcão disse que faltava ainda uns 10 km pra começar a serra e q antes disso havia um "HOTEL", mas que ele não sabia se estava aberto; nisso um senhor que estava jogando disse que se estivesse fechado mas com luz acesa era pra eu apertar a campainha e esperar... se não atendessem só haveria pousada em Bom Jardim, depois da serra, e que neste caso ele achava melhor que eu voltasse pra cidade... nessa hora até me deu um arrepiu... hehehe. Agradeci e sai.

Rodamos mais de 10km sem conseguir enxergar 1 metro pra frente do capacete e qdo já estava pensando pela décima vez em voltar vi uma luzinha encoberta pela nevoa. Era o tal HOTEL. Não me lembro o nome, tmb não tiramos foto, mas era um casarão antigo, bem simples e feio... construido na margem da pista, numa das curvas da estrada; é um prédio grande, de madeira, sobradado, de uns 3 andares, talvez 4, com um rancho coberto na frente, pra stacionar os carros, e uma porta dupla daquelas antigas, bem grande... enfim, era um casarão bem antigo! Tocamos a campainha e esperamos um pouco. Nisso, veja como são as coisas, fomos recebidos pelos proprietários, um casal de velhinhos que moram no local e nos abriram as portas de sua casa, literalmente. O Senhorzinho, muito simpatico, nos fez colocar as motos dentro do salão do hotel e nos deu o melhor quarto, espaçoso com 4 camas, muitos cobertores de lã e o chuveiro era bem quente.... fazia um frio do cão, estávamos totalmente molhados, podres de cansados e morrendo de fome! Depois de tomarmos um bom banho, a sra. nos serviu um lanche com tudo que tinham de melhor em casa, tenho certeza. Café passado na hora, leite fervido no fogão à lenha, pão, queijo e salame tipo caseiros e uns petiscos especiais desses que só as avós sabem fazer, manja? Kra, comemos feito dois ogros, agradecemos e fomos dormir. Na manhã seguinte nos serviram no café da manhã com a mesma fartura.... enquanto comiamos, ouviamos as histórias que o Sr. nos contava entusiasmado... hehehehe.... isso foi "impagável". Se eu viver mil anos jamais vou esquecer!

Saimos desse hotel o mais cedo que conseguimos. Acho que era umas 9h. Mas estava escuro, chovendo e com muita neblina. Não sei o meu amigo Ton, mas o que eu sentia era um misto de decepção, por estar passando naquele local que era um sonho antigo mas naquelas péssimas condições climaticas e também um pouco de medo, pelas mesmas condições e não saber o que iriamos encontrar... Esse foi o primeiro grande momento de coragem desse dia, mas acho que nem foi o pior...

Cruzar a serra não foi dificil. Eu diria até que foi sensacional... apesar do tempo ruim. Cada curva era uma nova carga de adrenalina. Meu, o lugar é fantástico... a estrada é ótima, tinha alguns deslizamentos de cascalhos e até pedras grandes em função das chuvas daqueles dias, mas a pista é larga, pavimentada com cimento áspero e bem sinalizada... Mesmo com chuva foi SHOW! Só fico imaginando aquilo com tempo bom... deve ser realmente espetacular... Kero ir de novo, se Deus quiser!

Logo depois da serra tem o mirante. Um local muito bacana, com toda infra-estrutura: lojinha, café, banheiros, monumentos, etc. Nós até paramos, mas quem diz que dava pra ver alguma coisa!? Sem chance dessa vez, seguimos mais uns 10km de estrada ruim, cheia de buracos e a chuva e a neblina foram embora abrindo espaço pra um tempo seco e até trechos de sol, quem diria! Chegamos em Lages com as roupas secas... hehehe. No caminho até Lages passamos por São Joaquim/SC. Esse é outro trecho que não vou esquecer... a rodovia é ladeada o tempo todo por paisagens muito bonitas, velhas araucárias e plantações de maçãs, que nesta epoca estão cobertas de flores, e também de parreirais. De tempo em tempo passamos por vilarejos de casas de madeira suspensas do chão com enormes pilhas de lenha na frente e lojinhas de queijos e salames artesanais que enchiam os olhos e a boca d´água!


Chegamos em Lages por volta de meio dia. e o próximo desafio era cumprir os 700km que faltavam até Foz, previstos para este dia. Estavamos tão obstinados a isso que nem discutimos a dificuldade.... só pensávamos em chegar logo em Foz!

A 1a. parte do trajeto foi "felomenal". Seguimos de Lages até uma cidade chamada Xanxerê pela recém restaurada BR-282. Estrada excelente... pouco transito, muitas curvas gostosas, nada de pedágios.. fizemos o trecho de 280km em 1 hora e meia. Depois, o 2o. trecho foi só merda! Pegamos a tal BR-480 com destino a Pato Branco... estrada regular, várias cidades pequenas pelo caminho, muitas lombadas, vários trechos péssimos... em trabalho de recuperação/recapeamento... meu pneu traseiro não aguentou o sofrimento e acabou furando... Por sorte a ocorrencia foi à 5km de uma cidade chamada Galvão. Consegui arrastar a moto até lá a quarentinha por hora, seguido pelo amigo Ton. Já na entrada da cidade tinha um borracheiro... kra gente finíssima, me atendeu de bate-pronto e resolveu o problema em menos de 10 minutos... seguimos viagem, com mais cautela, e com "macarrão" no pneu... só por Deus! Chegamos na famosa Pato Branco e de lá seguimos para Marmeleiro (nunca imaginei que tivesse uma cidade com esse nome... hehehe).

Fizemos uma parada nessa cidade, em um posto na saida para Cascavel e Foz do Iguaçu. Reabastecemos as motos com plano de seguir direto até Foz sem mais paradas... mas já estavamos PODRES e cansados! Já tinhamos rodado uns 700km, mas não sabiamos que o pior trecho ainda estava por vir.

Saimos do posto por volta de 19:30h. e seguimos as placas. Tinha um certo transito, mas até aí tranquilo. Antes de alcançar os primeiros 50km começou a chover... aí foi o caos! A estrada até que era boa, sem buracos, mas era pista simples sem nenhuma sinalização e debaixo de chuva.. começou um transito de caminhões pesados, indo e vindo... junto com isso: viseira embaçando, cansaço, não enxergava nada... foi muiiiiitoooo fodaaa (desculpem o jargão técnico!). Por sorte achamos um doido num Polo que parecia estar indo na mesma direção que a gente e tmb estava com pressa de chegar... colamos na traseira dele e usamos como guia... mas não durou muito... acho que o coitado pensou que a gente queria assaltar ele ou qq coisa assim... rsrs.. depois de uns 80km ele encostou num posto... nós seguimos, daquele jeito... oitentinha e olhe lá.... tensão total, pouquíssima visibilidade e o cansaço dominando... mãos e pernas começavam a ficar dormentes! O corpo querendo entrar em colapso total e a chuva e os caminhões não davam trégua. Foi assim até pegarmos a BR-277... aí ficou bacana... continuou pista simples por mais uns 60km, depois é duplicada, mas muito bem sinalizada, a chuva diminuiu e quase não tinha transito. Chegamos no hotel umas onze e meia... completamente podres e totalmente zuados!

No outro dia acordamos, tomamos café - cafézão nota 10 do hotel Águas do Iguaçu - e fomos pro Paraguai... muammmmmbaaassss... hehehe... Mas por incrivel que pareça não compramos naaaadaaaa! e até cruzamos a ponte de volta pra Foz a pé... hehehe. O Paraguai é aquilo né... muitas, mas muitas lojas, porém poucas em que se pode ter alguma confiança... hehehe. Produtos com preços realmente bons e paraguaias muito bonitas (isso foi surpreendente! a gente não esperava) pra te atender sempre com muito bom humor!!! hehehe. Nas ruas um caos! carros de todos os tipos, vans, taxis e motos disputando espaço, passam com pressa de qquer lado indo pra qquer direção... não tem regra.. é uma loucura. Nas calçadas camelôs vendem de tudo, de foguete a alfinete.... o que voce quiser eles tem, basta ter coragem de pedir... ou ....... espere que eles oferecem kkkkkkkkkkkkk.

Na quarta-feira, como estava planejado, acordamos cedo e fomos para o parque das cataratas do lado Argentino.. muiiito show! Um dos pontos altos da viagem, sem sombra de duvidas... fizemos o pacote de passeio completo que o parque oferece e foi ANIMAL.... Andamos de caminhão por uma trilha na mata, depois andamos de barco rio acima até debaixo das cataratas... tomamos um banho! hehehe. Depois andamos de trem de um lado até o outro do parque para visitar a maior queda d´água, a Garganta do Diabo e o trajeto da volta fizemos de bote.... Valeu cada centavo pago.Ver de perto aquele volume monstruoso de água jorrando sem parar 1 só segundo é indescrítivel....







Na quinta fomos conhecer o Parque das Aves, localizado em Foz mesmo. É outro passeio que vale muito a pena, pelo contato com a natureza e os animais (aves). É possivel entrar nas imensas gaiolas junto com as aves e ficar pertinho delas... algumas até chegam perto da gente por vontade propria.... é uma experiencia impar, sensacional.


Depois a noite fomos no cassino, no lado argentino... eu nunca tinha ido num grande cassino, igual os de Las Vegas... muito bacana... Mas eu como todo bom pé-frio perdi 10 dolares em menos de 10 minutos hehehe... já o nobre amigo Ton perdeu foi a chance de sair de lá com uma boa bolada.... eta cabra de sorte esse garoto! mas depois de já ter ganho uma pancada, perdeu tudo kkkkk

Na sexta a noite fomos assistir o espetáculo de iluminação monumental da barragem da Itaipu... Kra, sem palavras... recomendo que todo mundo veja... é incrivel.. parece algo saído de um filme do Spielberg.... indescritível! Vejam.

No sabado, acordamos de ressaca! acabou a farra da vida boa! Arrumamos as malas (e haja espaço pra tudo que levamos + tudooo q NÃO levamos, mas tinhamos que trazer...hehehehe). A proxima parada era em Maringá... A viagem até lá foi tranquila. Saimos de Foz uma e pouco da tarde, e chegamos lá no finalzinho do dia...

Na manhã de domingo, depois do cafe do hotel, fomos até um colegio justificar os votos e pegamos a estrada para a ultima etapa da viagem... estava tudo tranquilo quando na 1a. parada nos deparamos com o aço dos pneus traseiros de ambas as motos dando os ares da graça! kkkk ... daí em diante foi só alta tensão.... não fosse isso teriamos chegado bem mais cedo em casa.. mas viemos na maciota... 110~120  parando a cada 100km pra vistoriar os pneus.... ainda assim rodamos uns 400km com o aço polindo no asfalto... kkkkk Mas graças a Deus conseguimos chegar! Eita Metzeler valente!! Agora estamos à caça de novos pneus.


Bom, é isso... acho que escrevi um livro!! kkkk mas isso tudo não descreve nem 1% do que foi essa viagem.... como já disse antes... foi incrível... "priceless". Mas espero ter conseguido passar bem mais do que 1% do que vivi.

Abraços a todos os amigos e até a próxima, se Deus quiser!